Visitar o parque Torres del Paine, na Patagônia chilena, sempre foi objeto do nosso desejo, nem nos recordamos quando foi a primeira vez que ouvimos falar dele.
Com o tempo fomos obtendo mais informações e descobrimos sobre o Circuito W, que é um trekking muito famoso dentro do parque. No final de 2014 tivemos a oportunidade de fazê-lo.
A cidade considerada porta de entrada para o parque é Puerto Natales, uma cidadezinha bem pacata e graciosa na beira de um lago. Passamos em Puerto Natales para pegar nossos vouchers na agência da Fantástico Sur, que gerencia as hospedagens dentro do parque, e no mesmo dia a tarde partimos para a nossa grande aventura.
Ficamos 5 dias dentro do parque e tivemos muita sorte, pois todos os dias foram muito ensolarados. Segundo um funcionário do primeiro hotel que ficamos, na semana anterior tinha chovido todos os dias e o tempo ficou bem encoberto.
No primeiro dia já chegamos no final da tarde, e aproveitamos para caminhar próximo ao hotel e curtir a paisagem.
No segundo dia visitamos a base das Torres, que é o cartão postal do parque e, apesar de ser uma trilha muito cansativa, vale totalmente a pena. A paisagem é indescritivelmente linda lá em cima.
No terceiro dia partimos em direção ao refúgio Los Cuernos numa caminhada bem mais tranquila que a do primeiro dia. O único problema foi o vento, que era muito forte. Em alguns momentos eu pensei que ele ia me arrastar e derrubar. Eu fincava o bastão no chão e ainda assim a força do vento me puxava. Era mais tenso quando isso acontecia na beirada de algum penhasco rs. Mas no fim tudo correu bem e chegamos tranquilamente no refúgio, onde curtimos um ofurô quentinho com outros viajantes que estavam fazendo a trilha também.
No quarto dia a caminhada foi dividida em dois trechos, o primeiro até o acampamento Italiano, bem tranquilo e com um caminho lindo, todo florido, com árvores secas e flores vermelhas em volta. É difícil descrever a beleza da trilha, andávamos 10 a 15 minutos e eu queria parar de novo para tirar foto.
No acampamento Italiano, deixamos as malas para subirmos até o vale do Francês. Lá tivemos um visual completamente diferente no mirante do Vale do Francês, com uma grande geleira. Tivemos a sorte de ver um pedaço enorme de gelo se desprender e cair. Fez um barulho enorme. O vale do Francês faz a pontinha do meio do W, se não subíssemos lá, nossa trilha teria sido um circuito U rs.
Voltamos para o acampamento Italiano, pegamos nossa mochila e partimos para o Lodge Paine Grande. O caminho foi bem tranquilo e só no finalzinho tivemos que lidar com o vento forte de novo. Foi muito legal avistar o lago Pehoé, com seu tom de azul “listerine”. Nosso novo refúgio ficava às margens do lago, formando uma imagem muito bonita.
No último dia fizemos a trilha para o Glaciar Grey. O dia amanheceu bem nublado e todo o caminho de ida foi assim. Por outro lado, foi o único dia que não tivemos problema com o vento forte. Sentamos em frente ao Glaciar Grey e curtimos bons momentos de tranquilidade e temperatura agradável. No caminho de volta o sol abriu. Por bem pouquinho eu deixei de ver o glaciar Grey com sol. Mas tudo bem, mesmo sem sol a vista era de tirar o fôlego.
Voltamos para o refúgio e no mesmo dia pegamos o barco que cruzaria o lago Pehoé e nos deixaria na entrada do parque. Impressionante, levamos 4 dias para fazer um caminho que o barco percorreu em meia hora rs.
Nossa aventura no parque Torres del Paine acabou, mas nossas lembranças serão eternas.