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América do Norte

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Ficamos 4 dias em Montreal hospedados num Airbnb no bairro Verdu, uma região residencial próxima a uma estação de metrô. Adoramos o bairro tranquilo, os sobradinhos de dois andares com escada externa e o parquinho do bairro cheio de crianças e adultos aproveitando o verão e as longas horas de sol.  Até eu me aventurei num brinquedo gigante de elásticos, que tínhamos que ir subindo até chegar ao topo.

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Embora estivéssemos de carro, vimos que não valia a pena passear pela cidade com ele, pois o preço com estacionamento seria muito alto. A maioria dos estacionamentos cobram por fração de 20 minutos e íamos gastar uma fortuna. Compramos um bilhete de metrô para 3 dias por 18 dólares canadenses e o Dani não paga.

Andar de metrô em Montreal é bem fácil e conseguimos nos deslocar sem problemas. Usávamos o carro apenas no final do dia para ir ao mercado ou em alguma loja que tinha estacionamento.

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Montreal é uma cidade grande, com muitas coisas para ver e fazer. Nossa primeira parada foi num centro de informação turística na cidade antiga, onde fomos muito bem orientados sobre as atividades da cidade, com base nas nossas preferências, e ainda saímos de lá com um guia da cidade de 151 páginas. Os canadenses são muito organizados no quesito turismo.

Nesse dia aproveitamos para passear pela cidade antiga ou, como eles chamam, Vieux Montreal. Aliás, esqueci de mencionar que Niágara Falls fica na província de Ontário, onde a língua predominante é o inglês. Já Montreal fica na província de Quebec, em que a língua predominante é o francês. O engraçado é que em todos os lugares por onde passamos em Niágara Falls as placas eram em inglês e francês, mas quando chegamos em Montreal não encontramos esse mesmo cuidado. As placas eram apenas em francês. Para mim foi muito legal, pois comecei a desenferrujar meu francês, mas o Cris não gostou muito.

Mas claro que tudo vira motivo de diversão e o Cris começou a se aventurar a ler as placas e textos em francês colocando sempre a entonação na última sílaba e demos boas risadas disso rs.

A Vieux Montreal nos surpreendeu bastante. Suas ruas e prédios históricos são muito bem conservados e charmosos e para todo lado que olhamos queremos tirar uma foto para eternizar a imagem que estamos vendo. Nessa região não deixe de passar na igreja de Notre Dame, ela é lindíssima, de dia e de noite. Existem tours guiados para conhecer a igreja por dentro e fazia fila do lado de fora, mas acabamos não indo. Passamos também pela Praça das Armas e depois terminamos nosso passeio na orla do porto, conhecida como Vieux Port. A vista em si não é grande coisa, mas a orla é bem agradável e arrumada.

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No segundo dia fomos conhecer o Parque Olímpico, que é o local onde o Canadá sediou as Olimpíadas de 1976 e que posteriormente passou a abrigar diversas atrações turísticas da cidade. Nós queríamos ir ao planetário, mas a próxima sessão em inglês seria apenas em 4 horas, as sessões anteriores seriam todas em francês. Aproveitamos a área do planetário que era gratuita e depois fomos conhecer o mirante do parque Mont Royal. A cidade de Montreal é relativamente plana, mas não nesse trecho. Saímos do metrô e começamos a subir algumas ruas, até aí bem tranquilo. O pior veio quando começaram os degraus e não acabava nunca rsrsrs. Achei a subida bem cansativa, mas ao fim chegamos a um mirante muito legal da cidade, onde se tem um panorama de toda a parte comercial de Montreal. Embora visual de cidade assim não me fascine muito, o local onde chegamos era bem legal. Tinha um amplo terraço até o mirante da cidade, um piano para algumas pessoas se aventurarem a tocar alguma coisa e um casarão antigo muito bem conservado repleto de poltronas do lado de fora para apreciarmos a vista.

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Nossa ideia era seguir daqui para a parte baixa do parque, estender a canga na grama e fazer um piquenique, mas começou a chover e tivemos que mudar os nossos planos. Dentro do casarão tinham mesas e cadeiras, então acabamos fazendo o nosso piquenique ali mesmo e ficamos esperando a chuva passar. Como ela nunca passava, resolvemos ir embora debaixo de chuva mesmo e nos molhamos um pouquinho até chegar no metrô. No verão chove bastante no Canadá, mas não costumam ser chuvas demoradas. Tanto que assim que chegamos no metrô a chuva parou e o sol saiu de novo.

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Aproveitamos para passear pela Underground City, que nada mais é do que uma cidade subterrânea em Montreal, muito usada pelas pessoas por conta do inverno rigoroso da cidade, onde se encontra milhares de lojas, conectadas, inclusive com as estações de metrô. É impressionante.

No terceiro dia fomos conhecer um cemitério de Montreal chamado Notre Dame des Neiges. Parece um passeio meio esquisito, mas o cemitério era lindo, com lápides muito bonitas numa área verde muito bem cuidada.

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De lá fomos ao oratório de Saint Joseph, uma basílica católica muito imponente no alto de uma ladeira, bem pertinho do cemitério. A escadaria é grande, mas o esforço vale a pena, pois a igreja é magnífica por dentro e a vista externa para seus jardins e os prédios da vizinhança são de tirar o fôlego. Aqui conhecemos 3 senhoras brasileiras muito simpáticas e depois de muito tempo de conversa, elas se ofereceram para nos dar uma carona e nos levar para casa. Foi muito legal.

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No quarto dia fomos conhecer a cidade de Quebec, que iremos falar em outro post.

Amamos Montreal, é uma cidade linda, limpa, organizada, as pessoas são muito educadas e gentis e, apesar de grande, não nos pareceu caótica. Dizem que pelo fato dela ser quase totalmente plana, muitas pessoas vão trabalhar de bicicleta e o trânsito é bem mais tranquilo do que em outras cidades grandes, inclusive do próprio Canadá. Quem sabe um dia temos a oportunidade de voltar!

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Natany Gomes

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